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03/07/2007

Movimentações para um mercado melhor

julho 03, 2007
Cava, há tempos estou para escrever um texto pro Coxa e depois de ler o texto do Sergio Mugnaini refleti e resolvi gastar algumas parcas linhas falando do que sei de movimentações para garantir um futuro melhor para o meio internet e para os profissionais nele inseridos / relacionados.

Desde que comecei a trabalhar exclusivamente com internet [isso lé em 2000] bato na tecla de que o meio só iria decolar quando os investimentos aparecessem no Ibope Monitor. Isso porquê é nele onde se acham as verdades do mercado, onde os bons mídias buscam saber do próprio anunciante, dos concorrentes, da categoria, enfim, do volume de dinheiro investido na mídia em geral. Isso direciona planejamento e ações estratégicas / táticas do tipo nossa concorrência migrou para patrocínio, vamos barrar, sai da veiculação NET e foi para local, a tática é vinhetagem, e por aí afora. E isso não é frescura de profissional não, pois é o primeiro passo para qualquer grande agência começar qquer coisa. E ainda não temos nada de investimento publicitário de internet ali. Vá lá, já temos no intermeios mas é uma análise muito mais financeira que de mídia.

Para chegar no estado da arte [que é ter os números no IbopeMonitor] precisamos maturar o mercado, e para isso foi necessário fortalecer a AMI [hoje IABB] possibilitando que os grandes portais sentassem a mesma mesa para discutir coisas básicas como o "pacote universal" de formatos e pesos, e me parece que o consenso vai até o full banner, passa pelo super e morre no square].

Enfim, hoje podemos dizer que os portais conseguem conversar de maneira civilizada.
Depois disso e com o envolvimento do IBOPE me parece que em breve teremos esses números, ainda muito longe de se chegar num consenso do tamanho do mercado, investimento direto x agências........ mas é um primeiro movimento. Após esse passo podemos pensar em refinar a metodologia.

Outro ponto que tenho observado nas agências é a demanda por ciência, assunto que merece um post exclusivo e técnico, e que por ser chato vamos tratar de maneira rápida. Os grandes anunciantes querem investir mais no meio, só que o farão quando tiverem certeza da assertividade, otimização e da rentabilidade como isso será feito. O que eles querem, nada mais nada menos, é um software de simulação de alcance e frequência, que já existe para o offline. De maneira tosca eles querem saber o que é melhor, fazer uma diária em cada portal, concentrar em 2 pois existe grande sobreposição da audiência nas home-pages, trabalhar com impressões, patrocínio, selos e botões........ cobertura, frequência, flights horizontais, de pulso........... para tal precisamos de mentes que conheçam de mídia, pesquisa, universos e amostras e do meio internet. E aí esbarramos no problema criado lá na bolha da falta de profissionais e de envolvimento dos grandes players do mercado; sem falar no tanto de confete que jogamos em nós mesmos e não conseguimos limpar depois.

OBS: Ano passado em diversas reuniões nos clientes ouvi o discurso do ultimato: - Ou minha agência recomenda internet ou vou trocar de agência / mandar o online para outrem.

Penso também que poderíamos ter mais resiliência e treinamento. Eu por exemplo só consegui fazer pós e cursos de especialização depois que saí do mundo da agência, por tempo hábil e ajuda no custo. Anunciantes e veículos treinam a mão-de-obra, o que dificulta ainda mais o trabalho de convencimento por parte das agências, que no seu quadro de profissionais tem executivos que atendem na mesma carteira 5, 6 ou mesmo 7 segmentos da economia / categoria de produtos, e sabemos que é humanamente impossível ser um expert ou ter profundo conhecimento em mercados tão díspares quanto higiene pessoal e metalurgia.

E resiliência para entender que não estamos falando de arte ou prêmios ou egos, e sim de negócio. E isso é muuuito diferente de só dizer sim.

autor: Cesar Senatore
fonte: http://www.coxacreme.com.br/

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