Web designer tem espaço garantido no mercado

Profissionais são requisitados para desenvolver novas atividades, além da criação de sites

Aperfeiçoamento - “Não dá pra ficar parado. O mercado sempre cobra de você”, afirma Hallan

Com a evolução da tecnologia e a internet cada vez ganhando mais espaço, os web designers tem se destacado no mercado de trabalho. “O conceito de web designer vai além de mexer no Photoshop e atualizar páginas da internet”, afirma a professora-doutora da PUC-SP e consultora web, Pollyana Ferrari.

Atualmente, o campo de trabalho é realmente muito amplo pois o profissional pode atuar na criação de site, vinhetas, propostas para redes sociais (como msn, por exemplo), produção de vídeos entre outras atividades.

Conforme Pollyana, a primeira grande procura por profissionais da área aconteceu nos anos de 2000-2001.Entre 2004 e 2005 houve um novo período de crescimento. “A internet já estava mais valorizada nessa fase e conseqüentemente havia o amadurecimento do usuário.”

Outra novidade nessa época foi a integração do designer às equipes de trabalho. Antes era comum vê-lo atuar como freelancer ou ser contratado somente para determinados trabalhos. A partir daí, ele passou a ser contratado de empresas, interagindo com outras equipes. Mas ainda continua em alta a atuação no regime free lance.

Segundo Pollyana, atualmente, o mercado para o web designer vive nova fase de crescimento. Prova disso é que muitos dos alunos que ainda estão fazendo algum tipo de curso, já atuam na área. “É cada vez mais difícil encontrar bons profissionais. Eles são super requisitados”, diz Pollyanna.

Quanto ao futuro da profissão, ela arrisca um palpite: “O web designer tem muito mais chance no mercado de trabalho do que um advogado, por exemplo.” E para ilustrar a futura ampliação do campo de trabalho, ela cita mídias como TV digital e cinema e atividades em clips.

O perfil

Considerando o perfil do web designer desejado pelo mercado, Pollyana diz: “Tem de ser muito antenado com as tendências dentro da música, moda, do esporte e tem de entender de tudo um pouco.”

A formação por meio de cursos e portfólio é cada vez mais exigida. “A velha história de que somente com talento é possível conseguir emprego está acabando. A faculdade é exigida como em qualquer outra área e aperfeiçoar-se é sempre necessário.”

O dono do IT Job, empresa de Recursos Humanos com foco em telecomunicação e internet, Leonardo Martins, afirma que há mais vagas do que candidatos qualificados para atender à demanda de trabalho.

Diz ele que as propostas para bons profissionais ficam cada vez mais tentadoras: “A empresa não tem interesse em reter qualquer tipo de profissional. Eles devem estar preparados e qualificados para isso.”Segundo Martins, a média salarial para quem está começando na carreira pode variar entre R$ 1.200 e R$ 2 mil.

Um requisito que a essa altura já é básico na maioria das profissões, continua a ser essencial para um web designer: dominar outro idioma. “Inglês é diferencial e básico ao mesmo tempo. Boa parte das denominações da área ainda são apresentadas em inglês”, salienta Martins.

Em busca de desafios

O web designer e designer gráfico Hallan Moulin está na área desde os 13 anos. Na época, ele ajudava o pai que fazia edições de filmes, ainda no Espírito Santo. “Gostava da atividade, no entanto nem sabia o nome da profissão.”

Aos 18 anos, Hallan mudou-se para Leme (interior de São Paulo) pois tinha o objetivo de fazer o curso técnico de design gráfico, apesar de já estar bem colocado profissionalmente.

Ele sentia que já não tinha mais muitas opções de crescimento. “O mercado sempre cobra de você. Não dá pra ficar parado.”

Logo na primeira semana conseguiu emprego numa agência da cidade, onde trabalhou com criação de site, projetos virtuais e desenvolvimento de layout.

O próximo destino de Hallan foi São Paulo. Na capital paulista ele decidiu que era hora de fazer uma graduação, de Design Digital. “Mesmo tendo aprendido muitas coisas na prática, tinha necessidade de me aperfeiçoar. O estudo é muito importante.”

Em São Paulo, outra surpresa. Como aconteceu em Leme, ele conseguiu emprego na primeira semana. E acredita que parte desse mérito seja pelo seu portfólio que traduz sua experiência.

autora: Juliana Portugal | fonte: O Estado de S. Paulo

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